Passei pelo Instagram para minha postagem habitual de rabisquinhos. Antigamente eu postava tudo direto no Flickr, mas hoje em dia eu mando primeiro pro Instagram e o IFTTT faz o serviço de arquivar no Flickr... Mas funcionamentos técnicos e à parte, vamos ao assunto.
Hoje em dia o Instagram se tornou o meu ponto principal de inspiração. Vejo vários artistas que admiro, a produção de vários colegas online, o conteúdo que é escolhido por curadoria em alguns perfis e... Uau! Como tem gente produzindo. E como tem gente produzindo coisas incríveis.
Nesse momento eu volto aos meus rabisquinhos e, impossível não pensar: "What's the point?", ou qual o sentido de ficar inserindo essas gotas ridiculas nesse mar cheio de pérolas... Mas hoje, além disso fiquei pensando... Qual o ponto de perguntar qual é o ponto?
Não é uma questão de metalinguagem nem de filosofia. Recentemente eu já havia comentado dessa mania de ficar pensando no que esses rabisquinhos fazem no mundo (e a inutilidade de pensar assim), mas aparentemente essa é uma lição que demora para ser assimilada.
Quando a gente pergunta isso, está olhando para os outros. E está esperando algo diferente do que deveria. Por exemplo: o que eu gostaria? De postar coisas ridículas assim e descobrir, no meu mundinho limitado, que são as coisas mais lindas que já foram postadas no mundo? Quero desenhar, quero melhorar ou simplesmente quero tapinha nas costas e joinha nas páginas?
Não tem nada errado em querer ser reconhecido. Faz bem pro ego, dá incentivo nos dias ruins mas... Não pode ser o único incentivo.
Ainda estou longe de saber, no grande esquema das coisas, o que acrescenta ao mundo a gente rabiscando papel sem ganhar nada com isso, sem ajudar ninguém diretamente com isso. Talvez, no máximo, libertar os outros para uma vida em que tem a liberdade de fazerem o que bem entender... Filosófico demais? Talvez.
Mas realmente: cada vez mais consciente que não é o ponto perguntar "What's the point?"
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